sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O que aí vem!

Desde de 2007 vinha a verificar que muita coisa no mundo se iria passar muito rapidamente e que a verdade de um determinado dia, no dia seguinte podia já não ter nenhum sentido.


Inclusive tive a tentação de escrever um ensaio por mais um ou dois anos, pois sei que ainda estamos no inicio do fim de uma era e o começo de uma outra.

O ensaio faz uma reflexão da actualidade mundial, nomeadamente o iminente colapso do Ocidente associado a fim do petróleo barato, sobretudo da Europa, mas é particularmente um trabalho sobre e para Angola com uma visão de um geógrafo.

A propósito da Geografia considero que um cidadão não pode viver sem a Geografia, porque é esta a ciência que permite conhecer e compreender o funcionamento do globo, país, região ou o local onde vivemos. Esta é uma ciência de charneira que também absorve várias outras ciências, sintetiza-as e liga-as com uma visão geográfica. Ela é determinante para que o ser humano aprenda a avaliar, cartografar, elaborar listas dos recursos, das populações e actividades de um local, região, país ou mundo, bem como explicar as múltiplas relações entre o meio humano e o natural.

A Geografia tem como objectivo fazer-nos compreender as organizações das actividades humanas e as actividades naturais da terra explicando a relação entre o meio e a sociedade, através da aplicação do conhecimento para melhor aproveitar de forma sustentável os espaços que nos rodeiam.

Falar da importância da ciência Geografia é importante porque ao contrário do que se passa na maior parte dos «países da ciência» - leia-se países que têm elevadas verbas do seu orçamento de estado destinados à educação e em I&D – o Ensino Superior de Angola tem relativizado esta ciência.

Angola atravessa o melhor momento da sua história recente enquanto Nação independente, mas esse bom momento irá cruzar com os piores momentos para a humanidade, nomeadamente alterações climáticas, fim do petróleo barato, mudança do paradigma energético, transferência do poder do atlântico para o pacifico…

Iremos assistir a um travão violentíssimo do processo de globalização, que irão provocar um retrocesso nas condições de vida das pessoas, por vezes traumático.

Já estamos dentro do «período de transição lenta para novos paradigmas».

O petróleo barato ao longo do século XX permitiu intensificar e ampliar o que Portugal tinha iniciado há quinhentos anos: acesso ao mundo, ou seja, globalização.

Na economia global nos habituamos a não pensar nas distâncias, o importante é a mão-de-obra barata de preferência qualificada.