segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A favelização das cidades de Angola

A favelização das cidades de Angola trará gravíssimos prejuízos económicos, financeiros e sociais para o país.


Por exemplo, todo o potencial turístico que Angola tem que podia trazer vários milhares de milhões de dólares e mais de um milhão de empregos a médio e longo prazo será gravemente afectado com a favelização dos espaços urbanos. Por outro lado, será inevitável o aumento da criminalidade violenta e generalizada como se verificam no Brasil, onde muitas favelas são autênticos Estados dentro do Estado brasileiro, situação esta inaceitável para qualquer Estado soberano.

São vários os académicos que defendem o regresso em massa de muitos habitantes das cidades para os campos, o problema é que nenhum deles diz como é que isso pode ser feito sem “beliscar” a livre circulação de bens e pessoas.

As pessoas tem de abandonar as cidades, regressando aos espaços rurais não só de livre vontade como também com motivos válidos para o fazerem.

Teoricamente ainda estamos a tempo com excepção de Luanda (a não ser que se gaste muitos milhões de dólares), de resolver todos estes problemas de desordenamento urbano com bons planos de planeamento e ordenamento do território que levem em consideração o que é relevante para um harmonioso uso do território.

Os instrumentos de planeamento e ordenamento do território ao serem desenvolvidos devem prever níveis de expansão urbana capazes de absorver o aumento brutal da população.

Os mencionados instrumentos devem igualmente criar condições para melhorar as condições de vida dos cidadãos; trabalho; lazer; assegurar uma distribuição equitativa de habitação; preservar os solos com aptidão agrícola; rentabilizar as infra-estruturas, de forma a evitar o alargamento desnecessário dos perímetros urbanos, este último ponto é de extrema importância.

A favelização das cidades de Angola, os empreendimentos imobiliários e a construção de estradas para crescimento de subúrbios está a aumentar excessivamente o perímetro urbano destas, contrariando o novo paradigma de ordenamento e planeamento das cidades.

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