terça-feira, 4 de maio de 2010

Planear o futuro de Angola

Angola tem maravilhado o mundo com seu elevado crescimento económico, com uma paz militar consolidada. Quem visita a capital Luanda, verifica que a cada mês que passa ela muda, já que, surge mais o prédio, mais uma urbanização, mais um viaduto ou mais uma estrada. Mas a mudança de Angola não se faz só com betão, ela também está a acompanhar a evolução tecnológica, com os cabos de fibra óptica, com o projecto do satélite angolano, com o crescimento de grupos empresariais na comunicação social, com uma rede bancária de «última geração» e de meter inveja aos seus vizinhos. Mas, Angola também é crescimento social, nomeadamente com construção de centenas de escolas, com o surgimento de universidades e clínicas ou hospitais. Inclusive em Angola também moderniza a sua administração pública, o melhor exemplo foi a criação do GUE (Guichet Único da Empresa), serviço que permite constituir, alterar ou extinguir negócios em menos de 24 horas. Uma Angola que nem a crise financeira mundial iniciada em 2008 e que se prolonga até aos dias de hoje, a impediu de estar «sempre a subir»!


É esta a Angola que temos agora. Claro que persistem ainda graves problemas de pobreza, analfabetismo e desigualdades. Mas, um país com o passado de Angola não se muda de um dia para o outro.

No entanto, Angola e os angolanos tem de continuar a correr, porque o mundo não parou enquanto os angolanos se matavam numa longa guerra civil. Actualmente o mundo tem avançado ainda mais impetuoso. Assim, é necessário correr em Angola ainda mais rápido, sobretudo porque se avizinham mudanças planetárias épicas, com origem na alteração do paradigma energético mundial – acabou o petróleo barato. Com isso tudo se está a alterar, e ainda não sabemos como e onde o mundo vai parar. O clima está a mudar com consequências imprevisíveis para globo.

Que cuidados ambientais existem em Angola, que planificação de cidades se está a fazer, quais os países-parceiros estratégicos de futuro, que sectores de actividades se devem apostar, que e qual o caminho que falta percorrer na áreas da educação, conhecimento e investigação? São estas e muitas outras reflexões que estão neste ensaio e que são determinantes para o sucesso de Angola.

É neste contexto que urge pensar e planear o futuro de Angola, sob pena de mais uma vez nos deixarmos ultrapassar por um conjunto de circunstâncias.